sexta-feira, 22 de maio de 2009

BOA ARRUMARIA FAZ..."QUEM NA SUA CASA...TÁ EM PAZ..."

BOA ARRUMARIA FAZ..."QUEM NA SUA CASA...TÁ EM PAZ..."

( Conto...baseado em fatos da vida real...)
autor:Maria Aparecida de Oliveira-Curitiba-Paraná-Brasil-escrito
em :maio de 2006 )

Resgata-se...para a história familiar de hoje, um velho ditado popular...que
ela, o personagem principal dessa história,sempre ouvira sua vó dizer...
Naquele tempo, quando ainda era uma menina, a cabeça "forrada'...de sonhos,
e de traquinagens...não concordava nem um pouquinho...com a velha Joaninha
como era conhecida a sua vó, dizia, algumas vezes...Dona Joaninha era de uma
sabedoria imbatível! Muito fervorosa...vivia pedindo a Deus pelas pessoas que
a procuravam para rezar...para que ficassem logo boas! Era um tal de : vó
Joaninha...pra cá, vó Joaninha...pra lá...e, na simplicidade e bondade dela, na
fé que demonstrava possuir, muitas pessoas se espelhavam e passavam a
buscar a Deus, e a confiar mais no Senhor! Vó Joaninha era doce como o mel...
no trato do carinho pela família...mas ás vezes era de uma severidade sem par..
no que se referia aos conselhos, que sempre procurava dar aos seus filhos...e
aos seus queridos netos e netas...E dá-lhes...provérbios! Parece que ela tinha
uma biblioteca de ditos populares na cachola! Educava sobre os valores...e a
ética cristã, como manda o figurino divino, isto é, a bíblia, de um jeito simples.
Jeito este, que, Marina, a personagem principal dessa história, compreenderia
tempos, mais tarde..."Quando a água, viesse bater em suas nádegas...e teve que
aprender a nadar sozinha..." (esse é um dos provérbios que muita gente já
conhece...") Marina achava a dona Joaninha severa...porque...a velha estava
sempre "convencendo", os seus pais a serem mais rígidos, isto é, mais duros
com a criação dela e de seus irmãos! Ao mesmo tempo sentia uma doçura
imensa nela...porque, não havia nesse mundo, ninguém que quisesse o bem
dela e de sua família, além dos seus pais, do que a vó Joaninha! E o tempo foi
passando...a sua família foi crescendo...e á cada dois ou três anos, mais um
irmãozinho que chegava... Marina, e os seus familiares moravam no interior e
eram sobremaneira considerados pobres para a época atual de hoje...Viviam
na roça, num pequeno rancho, onde algumas vezes até animais perigosos...
tiravam o sossego na sua casa. Seu pai, o senhor Antônio, sempre sorrindo
achando graça...de suas traquinagens e da dos seus irmãos, ou melhor dizendo, eram sete filhas mulheres, e um filho homem somente...mais parecia
um tremendo de um garotão, pois adorava estar sempre do lado das filhas, até
mesmo pra" mexer "com os brios da vó Joaninha, que achava que ele estava
dando "mole", na educação das filhas ...pois o menino era um "temporão"...e
ainda era muito tenro...Seu Antônio, era um pé-de valsa, e gostava de dançar
nos bailãos lá da roça. O difícil...é que sua mulher a dona Malvina, filha da vó
Joaninha, parecia ter herdado o gênio e a mesma maneira de pensar da mãe!
Dona Malvina vivia implicando com o marido, para que ele não ficasse levando
as filhasmulher nos bailes, porque como dizia ela...depois "ningúem haveria de
segurar" ...e o "bicho ia pegar"...para fazê-las obedecer pai e mãe, e ouvir os
conselhos de vó Joaninha....que só queria o bem das meninas! Seu Antonio, não
se adaptava a ser cumpridor de horário, nem ser "mandado", por patrão, como
dizia ele...Achava uma verdadeira falta de bom senso, um homem como ele,
acostumado a trabalhar na lavoura e morar na roça, ter de "bater o ponto" todo
dia, e viver de salário mínimo, quando na verdade...criar porcos e galinhas, ir
apanhar as frutas direto no pé, era mais saudável e divertido...sentar embaixo
de uma árvore, ao sabor de uma sombra...e devorar a "Quentinha", a marmita,
que á cada dia uma de suas filhas trazia, ( preparada por dona Malvina,era pra
ele, um ritual maravilhoso...) Mas como as coisas estão sempre mudando nesta
vida, para aquela família, não houvera de ser diferente...E, chegou o dia, que
mesmo contra a vontade, tiveram que ir morar lá na cidade. Marina, se recorda
que só dessa vez, se lembra de ter visto o pai , trabalhar de empregado...e, isto
se deu lá na prefeitura do lugarejo, para onde foram morar...Nesta época , já
estavam melhor de vida...Embora também, cá na cidade...só desse para morar
em rancho...este, era mais confortável...tinha até luz e água encanada! O rancho
ficava, na periferia da cidade de "Torrezinha"...assim é que Marina resolveu ...
chamar o lugar onde a vira nascer...até mesmo porque o seu nome, também é...
fictício...o de sua mãe, e demais personagens dessa história que voce, caro ...
leitor está agora a ler...esse é um jeito de se poder contar as histórias de vida,
não? ...a menina Marina,quis voar nas "asas do tempo", reviver a sua doce e tão
saudosa infância, correr o risco de viajar através do túnel do tempo...onde as
lembranças a fizeram dar boas gargalhadas, crescendo numa família pobre
todavia, mas unida, pelos laços do amor, solidariedade e respeito aos mais
velhos, como sempre ensinara mamãe Malvina, e a avó Joaninha...
Ah! que saudades! bons tempos aqueles, era o que sentia agora já na melhor
idade, a menina Marina...Ela, resolveu abrir outra janela do seu passado...a da
adolescência...mas o que é que a trouxe agora aqui? Oras ...é poder recordar os
momentos que marcaram a sua adolescência...isto é...a caminhada para ela...
momentos, estes, que a ajudaram a tomar decisões...para fazer "zarpar" o seu
barco da vida, em tempos de crise e de algumas vezes angústias...E, se hoje as
coisas são por demais difíceis de se adquirir...principalmente para a camada
mais pobre da sociedade, imagine-se á quase cinquenta anos atrás... Marina
no entanto, ela e seus irmãos queridos, mesmo enfrentando os percalsos da vida
e que percalsos...conseguiram formar suas famílias, graças a Deus, muito bem
estruturadas...de boa índole, e cidadãos de bem para a sociedade...Isto tudo ...
tem a ver com vó Joaninha, que sempre foi :"o cabeça pensante" de sua
tribo...que soube com sabedoria conduzir filhos e netos, ajudando na criação, e
na educação...de sua gente...com responsabilidade respeito e amor!
Acontece que hoje em pleno início de 3° Milênio, os costumes mudaram...e...
na maioria das vezes para pior...no sentido, de os avós poder interagir juntaos
pais na educação das crianças...A maioria das mães trabalham fora o dia todo.
Nesse caso, ainda dão graças a Deus, e literalmente quando não podem pagar..
"que as avós cuidem de seus netinhos..." Só assim é que alguns pais dos tempos
de agora, permitem que os mais "velhos"...próximos aos filhos ...venham a dar
palpites ( como dizem...), na educação das suas crianças...É...o tempo muda...
mas o desenvolvimento humano continua sendo o mesmo...a sociedade carece
de pessoas ajustadas com os valores de cada época...para poder viver bem...
e ir construindo um mundo melhor para as futuras gerações, assim como as
antigas se preocuparam com as que viriam, que no caso faz parte também
Marina ...entendeu tudo isto...a vó Joaninha era como uma bússola divina...
em sua família, orientando sua mãe, sobre a melhor forma de conduzir a sua
educação e de seus irmãos...pela trilha da vida de crianças pobres, pés ...
descalsos...quando muito com uma "alpargata" ou "conguinha"....nos pés...e já
era considerado uma festa! Fogão de barro, chão duro batido...vassoura de
piaçaba, catar ...graveto no mato...para cozer o "dicumê"...acender a lamparina
com querozene...para iluminar a casa de noite...caminhar alguns quilômetros ...
para ir até a escola rural...isto tudo jamais fez desanimar a família de Marina,
para fraquejarem e ou desistirem de querer o melhor para seus filhos....e
poder sonhar com um futuro mais dígno para eles...Seu Antônio queria ter um
advogado na família. E, coitado ...não viveu o suficiente para ver a filha mais
velha, realizar o seu sonho...Era costume do seu Atônio e do compadre Mané...
quando morava lá na roça, isto é...um vizinho seu...se arrodiar da família...
principalmente, em noites enluaradas...e ficarem "contando causos" de peixe...]
que virava principe, de príncipe que virava sapo...de lagarticha que falava...de
mula-sem-cabeça, etc...etc... Marina conta que na maioria das vezes, adormecia
ouvindo os "causos", e seu pai carinhosamente a levava no colo, para dormir...
Seu Antônio ia "baldeando ", isto é, carregando filho por filho para por dormir.
Naquele tempo não havia televisão, mas havia maior auntamento das famílias
para conversarem...para contar "causos", e até mesmo decidirem juntos sobre
possíveis problemas...E, não tinha esse "negócio de se ficar com algúem..." só
por "ficar"! Os jovens eram mais românticos...e daí os casamentos duravam mais...até mesmo porque se "pensava"mais na preservação da família, que
ainda continua sendo a c´delula máter...da sociedade...As separações haviam quando opós , serem esgotados todos os recursos para a continuidade da união
familiar! Mas como tudo muda...Marina entendeu que isso tudo é fase...é época....Hoje Marina já é avó...bisavó...mas continua sonhadora aos quase 63 anos de idade...por mudanças que primem por um mundo cada vez melhor e mais justo...e a quem interessar possa...afirma que:"Provérbios ajudam e muito
a educar as crianças...e conduzir os jovens...." e a bíblia está repleta deles...também, aliás...dos mais sábios e vindo do Senhor!

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