"APÊLO A UM PAI AUSENTE..."
Pensei, que tivesses um equilíbrio,
suficiente, pra resgatar dessa vida
os repuchos ardentes que a lida,
do cotidiano...se faz sinfonia...
Pensei, que ousasses sentir
arrependimento, por ter-nos deixado..
mas, eis que é mais fácil desistir
sem ao menos, tentar ter lutado...
Pensei, que te importavas...
com o futuro do teu filho amado...
mas só pela mãe estremosa
que desdobra amor e coragem
para vê-lo forte crescer...
marejando de lágrimas bentas
e, no portal de uma creche
os olhos e o semblante atentos...
para tudo o que apetece e acontece...
são "cuidados", com a criança...
que de ti herdou os traços,
no rosto e na infantil alma...
E, a mãe, se sentindo "um bagaço",
onde te deliciastes na polpa...
e o "caroço...", sem piedade...
"atirastes", para as traças...
Pensei, que um dia volverias
o sorriso largo, um olhar sincero,
pensei inocente que farias questão,
de ter junto a ti, teu filho amado...
Pensei, que felíz te faria
ver crescer, acompanhar,
desde os primeiros passos...
que teu filho fosse dar!
Pensei, que tu te importavas
com a aducação, saúde e bem-querer...
daquele que trás nas veias
o teu sangüe a correr...
Pensei em me esforçar e, "fazer"
o teu filho te amar...mesmo ausente...
mas, sómente tive desgosto
nesta arte de convencê-lo,
pois cada vez, me perguntava...
-onde é que o meu pai está, mãe?
e eu desenchavida...
tentando "remediar"...
uma hora, "está nos céus",
lhe respondia, outra...foi viajar...
"pecando" ao mentir para um inocente,
que não pediu para estar...
no mundo desamparado
por um pai, "foragido do lar!
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